segunda-feira, 30 de março de 2015

Ler

"8 razões para ler (livros a sério)

Com a evolução tecnológica, a maioria das pessoas decidiram deixar os livros nas estantes. Os mais novos só querem saber das novas tecnologias e os adultos dizem que não têm tempo para ler (mas a verdade é que muitos vão no comboio ou no metro agarrados ao tablet ou ao smartphone e não a uma obra literária).

A Time decidiu fazer uma lista de oito razões para deixar os e-books, as sms, os chats e os comentários nas redes sociais e optar por livros a sério. Pode ser que lhe dê alguma motivação…

As pessoas que lêem são mais inteligentes: Dr. Seuss escreveu “Quanto mais leres, mais coisas saberás. Quanto mais aprenderes, a mais sítios irás”. Sabia que um livro infantil expõe a criança a mais palavras do que um programa de televisão? É esta a conclusão de um estudo da Universidade de Berkeley, EUA. Estar exposto a novos vocábulos não só faz com que aprendam a ler melhor, mas também permite alcançar resultados mais altos em testes de inteligência.  Para além disso, é essencial que opte por um livro e não um ecrã – ler num dispositivo faz com que fiquemos entre 20 a 30% mais lento, lê-se num estudo da Universidade do Texas.

Ler faz bem ao cérebro: Tal como fazer jogging ajuda a melhorar o sistema cardiovascular, ler regularmente ajuda a melhorar a memória, explica um estudo publicado na Neurology. 

Tornamo-nos mais empáticos: Uma boa leitura pode fazer com que seja mais fácil aproximarmo-nos de outros. Alguns livros, principalmente os de ficção, ajudam-nos a ‘ler’ as emoções daqueles que nos rodeiam com uma maior facilidade, explica uma investigação publicada no site Science.

Folhear ajuda a concentrar: Por incrível que pareça, mudar de página ajuda-nos a contextualizar melhor aquilo que estamos a ler, o que pode proporcionar um melhor entendimento e uma maior compreensão da obra que lemos, explica um texto publicado na Wired.

Pode ajuda a prevenir a Doença de Alzheimer: Quem lê, joga xadrez e faz puzzles tem uma menor probabilidade de vir a desenvolver Alzheimer quando comparando com aqueles que não praticam actividades tão estimulantes, explica um estudo publicado no site da Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ajuda a relaxar: Um estudo realizado na Universidade de Sussex mostra que ler ajuda a reduzir o stress em 68%. “Não importa que livro lê. Ao ‘perder-se’ num bom enredo, consegue esquecer as preocupações do dia-a-dia e passa algum tempo a explorar o imaginário do autor da obra” explicou o neuropsiquiatra David Lewis ao jornal Telegraph.

Ajuda a adormecer: Se fizer da leitura nocturna um hábito, o seu corpo perceber que, depois de ler algumas páginas, está na altura de ‘desligar’, explica uma investigação da Mayo Clinic. Ler um livro faz mais pelo seu sono do que um computador ou um tablet – a luz emitida pelos ecrãs faz com que esteja acordado durante mais tempo.

Ler é ‘contagiante’: A maioria dos pais gostava que os filhos lessem mais, mas a verdade é que não fazem muito para que isso aconteça – a maioria deixa de lhes ler histórias quando eles aprendem a ler. Um novo estudo  divulgado pela editora Scholastic mostra que ler em voz alta para as crianças  durante a primária ajuda-as a tornarem-se verdadeiros amantes de literatura. Ou seja, não deixe de lhes ler histórias à noite. Esse hábito só lhes vai fazer bem no futuro."

sábado, 28 de março de 2015

Quem foi Herberto Helder?






               

"As Palavras
Ficarão para sempre abertas as minhas 
salas negras. 
Amarrado à noite, 
eu canto com um lírio negro sobre a boca.

Com a lepra na boca, 
com a lepra nas mãos.
Este mamífero tem sal à volta, 
este mineral transpira, a primavera precipita-se.

Com a lepra no coração.
Mais de repente, 
só chegar à janela e ver uma paisagem tremendo 
de medo.

E uma vida mais lenta 
só com uma estrela às costas, 
uma tonelada de luz inquieta, 
uma estrela respirando como um carneiro 
vivo.

Igual a esta espécie de festa dolorosa, 
apenas um ramo de cabelos violentos 
e o seu odor a pimenta, 
no lado escuro 
como se canta que as salas vão levantar
o seu voo.

Ficarão para sempre abertas estas mãos exageradas
em dez dedos com sono, 
como uma rosa acima do pénis.

Ao cimo do caule de sangue, 
essa flor confusa. 
Um equilíbrio igual, 
só a estrela ao cimo do êxtase. 

Só alguma coisa parada no cimo de uma visão 
tremente.
A primavera, que eu saiba, 
tem o sal como cor imóvel,

Por um lado entra a noite, 
assim de súbito negra.

De uma ponta à outra enche-se o espaço 
aplainando tábuas.
Rasga-se seda para aprender o ritmo.
Abraço um corpo com as camélias 
a arder.

Abertas para sempre as negras partes 
de mais uma estação.

Semelhante a isto 
as mulheres andam pelas galerias transparentes, 
e o palácio queima a noite onde estou 
cantando.

É possível ainda cortar ao meio o ofício de ver — 
e num lado há espelhos bêbedos, 
no outro um cardume ilegível de sons 
obscuros.

Sabe-se então pelo silêncio em volta, 
sabe-se em volta que são lírios 
sonoros.

Passando 
as mulheres colhem estes sons irrompentes, 
e as mãos ficam negras junto à beleza 
insensata.

Elas sorriem depois com um talento 
terrível.
Levamos às costas um carneiro palpitante.

Pesa tanto uma estrela 
quando se acorda nas salas negras abertas de par em par, 
e as mãos agarram um ramo de cabelos dolorosos, 
e sobre a boca um lírio em brasa, 
branco, branco, 

que não nos deixa respirar.
A lepra na boca, 
que não nos deixa respirar.

Um ramo de lepra contra o corpo, 
como isto então só o movimento de águas obscuras 
pelos canais de um canto, 
como um palácio de salas negras abertas 
para sempre.

Este animal respira como um espelho de pé, 
no ar,
no ar."

Biografia: 

Escritor português (1930-2015), natural do Funchal. Estudou na Faculdade de Letras de Lisboa, trabalhando depois como bibliotecário, jornalista e autor de programas radiofónicos. Colaborou em diversas revistas (Graal, Cadernos de Poesia, Búzio, Poesia Experimental 1 e 2, entre outras). Ligado ao movimento da poesia concretista (ou experimental), é conhecida a sua aversão a aparições públicas ou manifestações de reconhecimento da sua notoriedade. Recusou, em 1994, o Prémio Pessoa. Considerado um dos grandes escritores portugueses contemporâneos, a sua poesia tem uma densa imagética, frequentemente associada a temas ligados ao questionamento do eu, à presença de medos, ao conhecimento do humano, temas ligados por vezes a um certo misticismo, servidos por uma linguagem original e de grande riqueza metafórica. Estreou-se com O Amor em Visita (1958), publicando, em 1963, um dos seus livros mais célebres, Os Passos em Volta (contos). A sua obra poética inclui ainda A Colher na Boca (1961), Poemacto (1961), Retrato em Movimento (1967), Ofício Cantante (1967), O Bebedor Nocturno (1968), Vocação Animal (1971), Poesia Toda (1973 reeditado em 1981 e 1991), Cobra (1977), O Corpo, o Luxo, a Obra (1978), Photomaton & Vox (1979), A Cabeça entre as Mãos (1982, Prémio de Poesia de 1983 do Pen Clube Português), Edoi Lelia Doura. Antologia das Vozes Comunicantes da Poesia Portuguesa (1985), Flash (1986), As Magias (1987), Do Mundo (1994), Ouolof (Poemas Mudados Para Português) e Poemas Ameríndios (Poemas Mudados Para Português), ambos em edições datadas de 1997. Em 2001, publica Ou o Poema Contínuo.

In http://www.escritas.org/pt/biografia/herberto-helder

sexta-feira, 27 de março de 2015

FILOSOFIA E POESIA: CONGRESSO INTERNACIONAL DE LÍNGUA PORTUGUESA (13-15 de Abril na FLUP e UNL)




Com as comunicações/presenças de Maria Lúcia Dal Farra, Ana Milhares, Cicero Cunha Bezerra, Elsa Cerqueira, Elter Carlos, Hugo Monteiro, José Almeida, José Rui Teixeira, Maria Manuel Baptista, Anne Ventura, Paola Poma, Patrícia Calvário, Renato Epifânio, Salvato Trigo, Albano Martins, Constança Marcondes, César, Carlos Mota, Christina Bielinski Ramalho, Egídia Souto, Fernanda Bernardo, Fernando Guimarães, Julia Dieguez, Luís Soto, Manual Pulido, Paulo Motta Oliveira, Sofia Araújo, Paulo Cunha, Rita Santos, António Braz Teixeira, Annabela Rita, Duarte Drumond Braga, Gilvan Filho, Luís Lóia, Luís Bernardo, Nuno Júdice, Maria João Carvalho, Maria Luísa Malato, Manuel Cândido Pimentel, Rodrigo Sobral Cunha, Samuel Dimas e Celeste Natário.


quinta-feira, 19 de março de 2015

Dia 10 de abril: Sarau na ESA "Há Ir E Voltar".





Portuguesa quer construir escola para 30 crianças numa favela do Quénia

Uma voluntária amarantina no Quénia quer construir uma escola para 30 alunos da Favela de Kibera, um dos maiores bairros de lata do mundo. Através de um projeto de apadrinhamento, Diana Vasconcelos, de 27 anos, também já ajudou mais de cem crianças.
Para angariar fundos surgiu a ideia de organizar um Sarau intitulado “Há ir e Voltar”.
Este Sarau  realizar-se-á no dia 10 de abril pelas 21:00h com o custo simbólico de 1€. Participarão  vários alunos da ESA, juntamente com  outros artistas do exterior e  será apresentado  por  João Gonçalves, mais conhecido por “Xano” da ERA FM. 
Para que estas crianças se sintam felizes e confortáveis, com comida, roupa seca e num sítio onde possam brincar e aprender, um grupo de alunos da nossa escola aderiu ao projeto e pretende envolver toda a comunidade educativa com o objetivo de equipar uma sala de aula que terá o nome “ESA”.

Parabéns Diana pelo humanismo e dedicação! 
Quem apoia esta nobre causa?

Entrevista no Porto Canal: http://portocanal.sapo.pt/um_video/hFcR4sHCCu9dufOqKm84/

quarta-feira, 18 de março de 2015

Jornais de Páscoa (8º A, B e C)

















A BE agradece mais uma vez a colaboração da Professora Bárbara Figueira e aproveita para felicitar os seus alunos pelos excelentes trabalhos. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Concurso de Curtas-Metragens de Animação em Língua Portuguesa- CurtMAR


No próximo dia 15 de Março de 2015 abrem as inscrições para o Concurso de Curtas-Metragens de Animação em Língua Portuguesa no âmbito do Projeto CurtMAR.
Este projeto educativo concebido e desenvolvido pela Associação Portuguesa de Educação Ambiental- ASPEA, em parceria com a Escola Profissional do Alto Minho Interior- EPRAMI e com a Associação Portuguesa do Lixo Marinho- APLM, através do mecanismo financeiro EEA Grants, promovido pela Direção Geral de Política do Mar- DGPM, conta com o apoio da escola norueguesa Det tverrfaglige kunstinstitutt - DTK.
CurtMAR tem o apoio institucional da Agência Portuguesa do Ambiente- APA, da Direção Geral de Educação- DGE e da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares- DGEstE. São parceiras deste projeto, desde a sua conceção, as escolas profissionais de Aveiro e da Horta- Açores, e os Agrupamentos de Escolas de Monção e de Aveiro.
O Projeto CurtMAR envolve uma equipa de educadores ambientais, cientistas do meio marinho, técnicos e artistas da arte audiovisual. Prevê Sessões de Conhecimento nas escolas secundárias e profissionais, e um Concurso de Curtas-Metragens de Animação, ambos com o objetivo de incrementar a Literacia do Oceano, destinadas a alunos, de norte a sul de Portugal Continental, Açores e Madeira.
Estas ações em contexto escolar pretendem contribuir para a educação e capacitação dos futuros decisores, para perceberem, por exemplo, a grandeza do Mar nacional como fonte de biodiversidade, regulador climático, profissão e investimento, apoiando a Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020 (ENM), que aponta para a necessidade de recuperar a identidade marítima nacional num quadro moderno, pró-ativo e empreendedor, de proteger o Oceano e de o explorar de forma sustentável a longo prazo.
Os alunos devem fazer uma abordagem audiovisual, criativa, relacionada com os princípios Essenciais do Oceano (ver:http://www.cienciaviva.pt/oceano/principios/oquesao/), onde poderão ser explorados inúmeros conteúdos como por exemplo: Biodiversidade, Lixo Marinho; Ordenamento da Zona Costeira, Alterações Climáticas, Equilíbrio Ecológico dos meios aquáticos; Gestão de Resíduos; Usos, costumes e tradições; Manifestações artísticas; Património cultural, histórico e natural, entre tantos outros temas.
Calendário CurtMAR:
Inscrições: entre 15 de Março e 15 de Abril de 2015 | moncao@aspea.org
Envio da Curtas de Animação: até 30 de Abril de 2015 | canal youtube EPRAMI
Divulgação dos resultados: até 15 de Maio | sites e redes sociais ASPEA e parceiros
Entrega dos prémios: 03 de Junho de 2015 | EPRAMI- Paredes de Coura

Todas as informações no site: www.aspea.org

quarta-feira, 11 de março de 2015

Hino à Mulher



"A MULHER  ri quando é a sua hora,
Chora quando a alegria se vai embora,
Briga quando se sente enfezada
E explode quando se sente exasperada! 
Vive com intensidade os seus sonhos,
Outrora impossível de realizá-los
E hoje mais esperançada para consumá-los!
Teu brilho vai além da Luta,
Acredita! 
És Mulher Executiva, Camponesa ou Professora
Médica, Enfermeira, Padeira ou Engenheira, 
Cabeleireira, Jornalista e tantas mais!
És única!
És especial!
És MULHER entre as demais!"

                                                                             Professora Bárbara Figueira

Dia Internacional da Mulher (11º PTEAC)

Júlio dos Reis Pereira, Nocturno, 1929


"Ser humano que Deus criou, 
Linda como uma flor!
Ama os que a rodeiam
E sofre por amor!
Ser mulher é amar e ser amada,
Apoiar sempre a família 
Que por ela foi criada...
Fazer sorrir os outros,
E mesmo com o coração a chorar,
Não mostra as suas tristezas
Para os outros não magoar!

É um ser puro e belo,
Mas por fora pode não parecer!
É como um raio de sol
Quando começa a amanhecer!"

Daniela Ferreira, 11º PTEAC

segunda-feira, 9 de março de 2015

PLANO NACIONAL DE CINEMA NA ESA: Visita à Casa Museu de Vilar (Lousada)


Uma visita guiada à Casa Museu de Vilar pelo Mágico das Imagens Animadas, Abi Feijó, e com a surpreendente aparição de Regina Pessoa. Numa ambiência de fascínio e simpatia, os alunos do 7º ano, turmas C e D, conhecerem e interpelaram a “Heroína” que os transportou com a "História Trágica com um final Feliz"(2005) para um universo muito peculiar, que funde a realidade com a ficção, e que inspira e incita estes jovens a sonharem.
Momento único para compreenderem a pré-história do cinema e as técnicas do cinema de animação, dialogarem com os realizadores e, ainda, contemplarem curtas-metragens como "A noite saiu à rua"(1987), “Os Salteadores”(1993), “Fado Lusitano”(1995), "A noite"(1999), “Kali, o pequeno vampiro”(2012).
A magia, imorredoura, do cinema de animação será, certamente, um estímulo à criatividade. 
Voltaremos a esta Casa...onde o tempo e o espaço reais, quer dos alunos, quer dos professores, se desvaneceram...




























Elsa Cerqueira
Coordenadora do PNC Amarante

Nota: Esta visita de estudo não seria possível sem os apoios da Câmara Municipal de Amarante e do Cineclube de Amarante.



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