terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014

 
 
 
                                
 
 


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Concurso de Vídeo Digital


 
O centro de Competência "Entre Mar e Serra" promove a iniciativa Cineastas Digitais, destinada a alunos do 3º Ciclo e do Ensino Secundário, que tem como desafio a elaboração de pequenos vídeos.
Nesta edição, há temáticas diferenciadas correpondentes a diferentes modalidades, a saber:
. Vídeo Narrativas, com duração até 6 minutos, os vídeos devem recorrer ao imaginário tendo como base a temática da diferença numa perspetiva ampla e diversificada e que promova os valores da tolerância.
. Vídeo Curtas, com duração até 3 minutos, de tema livre, e onde se pretende que representem situações do quotidiano e/ou relacionadas com a vida escolar.
. Nano Vídeos, de formato em baixa resolução, com duração máxima de 30 segundos em que o desafio é elaborar um pequeno vídeo que represente uma situação inesperada ou surpreendente.
 
Para além dos prémios para os alunos (computadores, tablets, e outros equipamentos tecnológicos), há também um prémio de escola (livros oferecidos pela GRADIVA à  Biblioteca), e livros para alunos e professores.
Para visualizares o regulamento, o prazo, os vídeos premiados nas edições passadas do concurso, acede ao link http://cineastas.ccems.pt/ .Poderás recorrer também ao endereço cineastas@ccems.pt ou, via telefone, marcar o número 244 765 933.
 
 
Nota: Na ESA poderás contactar a professora Elsa Cerqueira ou a professora bibliotecária, Fátima Isabel Araújo.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Uma turma não é, apenas, uma turma. Um professor não é, apenas, um professor.

 
 


 
Sei que um professor não é, apenas, um transmissor de conhecimentos: é alguém que educa integralmente os seus alunos. Estimula e desafia os alunos a aprenderem a aprender. Estimula e desafia os alunos a desenvolverem o seu caráter. Mas um professor é também estimulado pelos constantes desafios que as personalidades díspares que constituem uma turma colocam, bem como pelos diferentes estádios cognitivos em que se encontram os alunos. Nutre e gere conteúdos e afetos. Despertar a motivação nos alunos - alimentando a sua -, inculcar o gosto pela descoberta de conhecimentos, de si, dos outros...auxiliá-los no trajeto académico que constitui - neste caso muito peculiar - o ensino secundário. Quão nobre e estimulante pode ser esta tarefa!
No domínio da existência humana não há apriorismos, há construção e dedicação. Labuta incessante em prol da elevação e enriquecimento do eu singularmente considerado e de todos globalmente valorizados.
Há uma prova, assaz intimista, que manifesta o gosto e a «vocação» do professor e que poderia ser consubstanciada pelo pensamento, ancorado na sensibilidade, da seguinte forma: uma turma não é, apenas, uma turma, é Esta turma. E deste modo, as turmas deixam de ser aglomerados de alunos com números e passam a ser pessoas que simultaneamante desafiam e são desafiados.
No inverso, um professor também não é, apenas, mais um professor. Pensar e senti-lo desta forma é a prova invertida, ofertada pelos alunos, que nos desvela o desencontro entre o que é e o que faz, entre o que é e o que deveria ser e fazer.
Não abordarei aqui – não é o momento -  a falsa dicotomia generalizada do que faz um bom professor, se o domínio que possui dos conhecimentos, se a experiência pedagógica. Afiguram-se-me como dimensões indissociáveis.
E toda esta verborreia serve para assumir que é gratificante saber que há alunos que trilham outros caminhos, pós ensino secundário, cujos professores não lhes  foram/são indiferentes e que o «jantar saudoso» que organizaram ontem foi/é a presentificação de cumplicidades de outrora e a antecipação de partilhas do amanhã. 
A Mariana, a Leninha, a Ana Paula, a Ana Sofia, o Simão, o Miguel, o Diogo, a Cátia, a Patrícia – e tantos outros - jamais seriam indiferentes aos professores. Libertaram-se cedo do número que o sistema educativo lhes impôs e irromperam com os seus projetos, cursos e afetos. Em simultâneo, também o professor se libertou da clausura a que estava confinado – também ele, coisificado por um número, por graus, divisões e sub-divisões no estatuto da carreira -, e escolta as existências, com inenarrável gosto, daqueles que  foram seus alunos. É que esta turma do curso de Artes Visuais que findou o ensino secundário no ano letivo 2012/13 nunca se reduziu  a mais uma turma. E eles sabem e sentem isso. Tal como eu e a professora Alice Sousa.
E neste élan magicamente construído em que sentimos os alunos enquanto seres especiais e eles, numa dialética de reciprocidade, nos concedem e reconhecem esse atributo, talvez resida a verdadeira essência do educar, do aprender e do existir.
Elsa Cerqueira


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O que os alunos pensam...



«O problema não é se as máquinas pensam, mas se os homens fazem.»

B.F. Skinner




«Antes de problematizar a utilidade, ou não, da Filosofia na existência do ser humano temos de nos questionar: O que é a filosofia? O que é filosofar? Quem são os filósofos?Filosofar é preocupar-se com as questões essenciais. É desassossegar o mundo com questionamentos fundamentais: Por quê? Como? Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? O que são a verdade, o tempo, o conhecimento e a existência? É inconformismo pois implica questionar os dogmas, procurar as respostas a estas questões insondáveis. 
A filosofia desenvolve a nossa consciência crítica e reflexiva, questiona a humanidade e a sua desrazão, a ‘validade’ e o vazio da vida.
Os filósofos são sábios devido à sua perceção do mundo, são capazes de olhar em torno de si e perguntar, procurar respostas. A filosofia ajuda a melhorar o mundo? A filosofia realiza-nos?
Efetivamente, não adianta a crença num mundo melhor se não fizermos nada para o melhorar, se apenas acreditarmos em conceitos como esperança e utopia. É preciso indignar-nos. Somos todos seres humanos com capacidade crítica e reflexiva, e essa é a nossa maior tarefa: usar toda a nossa capacidade cognitiva a fim de desassossegar os homens e instigá-los a pensar na sua condição de existência e procurar o sentido da nossa passagem neste palco da  maravilha e da miséria: a existência.
O sentido da existência é viver. Todos existimos, mas será que todos vivemos? Para vivermos temos que nos realizar enquanto homens. Não podemos abandonar-nos à comodidade existencial. Todos temos um coração capaz de sentir, a força e a beleza da sensibilidade e dos argumentos...»

 Ana Margarida Cardoso, 11º CT3
 
Nota: reflexão escrita em contexto de sala de aula.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Votos Animados


 
 

Votos Poéticos

 
 
Natal... Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
'Stou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

                                                         Fernando Pessoa
 
 
 
 
 
NATAL CHIQUE

Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.

Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.

Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.

                                                                                        Vitorino Nemésio
 
 
 
A NOITE DE NATAL


Em a noite de Natal
Alegram-se os pequenitos;
Pois sabem que o bom Jesus
Costuma dar-lhes bonitos.


Vão se deitar os lindinhos
Mas nem dormem de contentes
E somente às dez horas
Adormecem inocentes.


Perguntam logo à criada
Quando acorde de manhã
Se Jesus lhes não deu nada.


– Deu-lhes sim, muitos bonitos.
– Queremo-nos já levantar
Respondem os pequenitos.


                                           
Mário de Sá-Carneiro
 
 
 
 
DIA DE NATAL


Hoje é dia de ser bom.É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

                                                              
                                                         António Gedeão
                                                                                                                             

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Concurso de Artes Plásticas

 
A Gatilho promove um concurso de Artes Plásticas, nas modalidades de  Pintura, Ilustração, Desenho, Gravura, Escultura, subordinado ao tema: «Gatilho, a vanguarda da Arte em Amarante». O prazo de inscrições foi dilatado até ao dia 31 de dezembro.
És, suficientemente, criativo para aceitares este desafio? 
 

CINELÂNDIA com Ana Deus e Ricardo Serrano

 
O Cineclube de Amarante apresenta no dia 21 de dezembro (22 horas), no Centro Cultural de Amarante, «Cinelândia». Neste projeto Ana Deus (Ban, Três Tristes Tigres), acompanhada ao piano por Ricardo Serrano, revisita algumas bandas sonoras de filmes - do Pátio das Cantigas a Cole Porter, passando por Almodovar ou por Lynch...
 
 


 
 
 
 
 
Nota: A entrada é livre.
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A BE em festa (II)

 
«Todas as casas onde há livros e quadros e discos são bonitas. E são feias todas as casas, por mais luxuosas, onde faltem essas coisas.»
                      Eugénio de Andrade
 
 
 
 
 


 

domingo, 15 de dezembro de 2013

CASAMARELA: A CASA DAS CUMPLICIDADES



Na Casamarela o espaço e o tempo são mediados, metamorfoseados, pelas artes. O tempo não é cronológico e o espaço não é exterioridade física. O «fora» de nós cede lugar ao «dentro» de nós.
As artes são naturalmente cúmplices e isso sente-se. Primeiro, pela confluência de objetos artísticos de natureza distinta (pintura, escultura, cinema, fotografia, restauro de arte sacra...); depois, pela relação inter pares dos seus criadores. Relação de proximidade desveladora dos olhares, das sensibilidades e dos entendimentos dos artistas.
 
 


As diversas linguagens e manifestações artísticas convidam o espetador a encetar a dialética da interrogação. A obra interroga. O espetador interroga. Quem pergunta primeiro? Quem responde por último?
Mas sob esta aparente relação diádica, emerge uma afinidade triádica: artista – obra – espetador. Aconchegado e enfeitiçado por ela, o contemplador vai descobrindo um traço, uma cor, uma textura, um som, e despertando as emoções. Relação intimista e cúmplice que  concede  o  pulsar  vital  à(s) obra(s) e o resgata da sua inanidade existencial.
 

 
Na Casamarela sente-se uma cumplicidade criadora repleta de cumplicidades. Está no tempo e fora do tempo, no espaço e fora do espaço. Fora de nós e em nós.

                                                               Elsa Cerqueira

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Convite



A Casamarela abrirá as suas portas no sábado. Não, não se trata da prisão das Recordações da Casa dos Mortos de Dostoiévski – não obstante se situar na rua da antiga cadeia -, nem do hospício do filme Recordações da Casa Amarela de João César Monteiro –, apesar da imaginação criadora transgredir os padrões da normalidade.
A Casamarela a que me refiro celebrará as artes singularmente consideradas (artes plásticas, artes decorativas, design, entre outras), os seus criadores, e todos aqueles que também necessitam de ser desacorrentados da banalidade do quotidiano.
Ao invés de ser a Casa dos Mortos, será a manifestação das natureza e essência criadoras de quem é visitado (Luísa Seixas, Rita Sá, Catarina Almeida, Diogo Cardoso, Kate Byrne, Luísa Coutinho, Joana Antunes, Mário Peixoto, Karin Somers) e de quem a visitar.
Albergará quem quiser aprender, partilhar e elevar o sentido da sua existência na/pela Arte.


                                                                                                                   Elsa Cerqueira

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cineclube de Amarante





Palestra «Direitos Humanos e cyberbullying»


 




No âmbito da comemoração do Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Biblioteca Escolar promoveu uma palestra para alunos do ensino secundário sobre a temática do Cyberbullying. Para tal contou com a presença da Psicóloga Cecília Esteves que alertou os alunos para os diferentes tipos de bullying, as diferenças e semelhanças, as causas e as suas consequências.
Foi uma apresentação esclarecedora, dinâmica e atualíssima.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pela defesa dos Direitos Humanos!

 
 
 
«A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos.»
Hannah Arendt
 
«Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.»
Gabriel García Marquez
 
«Tenho em mim todos os sonhos do mundo.»
Fernando Pessoa
 
 
 
 
 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

A BE em festa (I)






                               
 

                

Arquivo do blogue