quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

“O Monte dos Vendavais”, Emily Brontë. Por Tiago Marinho (11º CT2)


"A obra 'O Monte dos Vendavais', escrita por Emily Brontë,escritora e poetisa de nacionalidade britânica, nascida em1818 e falecida em 1848, é a sua única obra.
'O Monte dos Vendavais' conta a história de um menino órfão, Heathcliff, que foi adotado pela família Earnshow e atravessou uma série de dificuldades por não ser filho legítimo. Heathcliff é uma personagem cheia de maldade, mas será esse sentimento fruto das circunstâncias ou algo que nasceu com ele?
Além desta personagem, também encontramos Catherine Earnshow, personagem que Heathcliff ama, e o seu irmão de sangue, Hindy, o herdeiro do 'Monte dos Vendavais'. Também está presente a família Linton que vive na vizinha “Herdade dos Tordos”. A história é contada por Nelly, uma empregada, através de analepses. O livro é bastante denso a nível psicológico, abordando temas complexos como a vingança.
Como Heathcliff se quis vingar de todos aqueles que o prejudicaram na vida e o privaram de estar com o seu verdadeiro amor, também nós, por vezes, nos queremos vingar. A vingança e o ódio fazem-nos agir inconscientemente, apesar de nenhuma consequência, que advenha destes atos, tornar inimputável a pessoa que os pratica. Muitas pessoas e algumas sociedades consideram que o mal infligido deve ser maior que o mal que originou a vingança, como forma de punição. Isto é uma completa barbaridade, uma vez que a vingança, além de ser moralmente incorreta, nestes moldes é completamente inexplicável. Como Miguel de Cervantes escreveu: “Não existe vingança justa”.
Assim, compreendemos que a vingança não nos deixará mais aliviados e não iremos fazer justiça. Aliás, a mensagem que Emily Brontë quer transmitir com esta obra é que a sede de vingança leva a que, muitas vezes, as pessoas destruam o que se encontra à sua volta e a si próprias, morrendo infelizes.
No meu ponto de vista, 'O Monte dos Vendavais' é uma obra que, desde o início, suscita interesse, mas, na parte final, torna-se um pouco repetitiva.
Recomendo este livro, pois é a obra única de uma autora e os acontecimentos e reações das personagens são imprevisíveis, o que deixa o leitor preso à história."
Tiago Marinho



sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

“Trash Os Rapazes do Lixo" de Andy Mulligan. Por Ana Moreira (11.º CT2)


     
"A obra de Andy Mulligan, um escritor inglês nascido a 20 de março de 1966, em Londres é fortemente influenciada pelo seu trabalho como voluntário em Calcutá, na Índia. Durante dez anos, trabalhou como encenador, até que as suas viagens pela Ásia o inspiraram a ser professor, tornando-se, assim, professor de Inglês e de Drama no Brasil, Índia, Filipinas e Reino Unido. Atualmente, o autor divide o seu tempo entre Londres e Manila. 

     “Trash Os Rapazes do Lixo” foi publicado em mais de 15 países e é um livro sobre como a esperança e a determinação podem transcender até a pobreza mais indigna.
   A escrita de Andy Mulligan não é muito simples, mas merece toda atenção e dedicação do leitor. Escrito na primeira pessoa, este texto tem como principais narradores os protagonistas e também algumas das pessoas que, voluntariamente ou involuntariamente, participaram nas suas aventuras.
  Este livro abre-nos as portas para um retrato social anómalo: dá-nos a conhecer a história de três rapazes que têm como único lar uma lixeira, Behala, de proporções descomunais num país do Terceiro Mundo. Neste local fétido, eles trabalham tanto quanto lhes é possível para manterem o único tipo de vida que conhecem, uma vida rodeada de miséria, em vez da morte pela fome.
  As descrições são muito realistas e não é preciso o leitor avançar muito na leitura para se sentir repudiado pelo cheiro enjoativo da lixeira.



Um dia, entre excrementos e podridão humana, duas das três inocentes crianças encontram uma mala; essa mala continha dinheiro, que lhes encheu a barriga por uns dias, e documentos que são procurados pela polícia. Quando as autoridades invadem o seu universo, só lhes resta a mentira ou a fome e os mistérios de uma carta, uma carta sofrida através das palavras de um pai morto que teme pela sua filha, dando início a algo maior. Os três rapazes são, então, perseguidos pelas autoridades, à medida que tentam desvendar este mistério que envolve corrupção e as mais altas esferas da sociedade, algo que denuncia a verdade e que mudará a vida destes meninos para sempre.

    Tais como muitas outras crianças que vivem em extrema pobreza, esta obra revela-nos a história de Raphael, Gardo e Ratazana que são exemplos de crianças brilhantes, crianças que seriam um dia úteis à sociedade, mas que, por falta de oportunidade, não são nem nunca serão ninguém.
   É uma história sobre corrupção, corrupção daqueles que são a cara do poder, daqueles que ficam sem peso na consciência ao pensar nos que distribuem por valas comuns, aos ninguéns que morrem todos os dias sem direito, sequer, ao espaço garantido debaixo da terra. É uma história que representa uma realidade que não nos é muito próxima, onde a polícia é comprada, o governo contaminado e os meios de comunicação reprimidos. 
    Ao ler esta obra senti me apenas frustrada, revoltada e impotente por causa de todas as crianças que esta obra representa, crianças que não tem nada, não tendo oportunidade de ter um futuro melhor com condições de vida a que toda a gente deveria ter acesso, e não só os que vivem em países desenvolvidos. Acabei por me sentir também culpada por ter tanto e não dar o devido valor à vida que tenho, pois todos nós nos queixamos de certos problemas, enquanto que outros, com muito menos que nós, a nível económico, e não tendo as mesmas condições sanitárias, oportunidades, recursos e com muitas mais adversidades na vida, a enfrentam sempre com um sorriso na cara.
     Para finalizar, é uma ficção que denuncia uma realidade que não pode ser escondida, uma realidade que deve chegar a tantos quantos for possível porque, infelizmente, muitos são os que lhe estão próximos e preferem não ver. Recomendo vivamente a leitura deste livro, pois abre-nos os olhos fazendo-nos pôr em causa o próprio significado de viver e expõe as desigualdades sociais que existem no mundo."

Ana Rita Moreira, 11º CT2


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Dia do Perfil dos Alunos: 15 janeiro

A BE associa-se à preparação do Dia do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, que vai decorrer no dia 15 de janeiro.


Para tal, propomos que alunos, professores e encarregados de educação conheçam melhor o Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular, ao qual a nossa Escola aderiu, visionando a apresentação deste projeto pelo Sr. Secretário de Estado, Dr. João Costa, e que será debatido amanhã, dia 10 de janeiro, no auditório, pelas 16,30.

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