terça-feira, 23 de abril de 2013

O que andas a ler?



 Em véspera do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, prestamos homenagem a esse objeto de prazer. Desta vez, pela pena da aluna Ana Sofia Almeida que acedeu a partilhar uma crítica a um livro, aqui no blog da BE.

                                      Sobre a autora


Suzanne Collins, formada em escrita dramática pela New York University, é autora de literatura infanto-juvenil e argumentista de programas televisivos infantis, nomeadamente para a Nickelodeon.

Sobre a trilogia

Os Jogos da Fome é uma trilogia de ficção científica infanto-juvenil que se encontra traduzida em mais de trinta países com grande sucesso e que se tornou um bestseller do New York Times, da Publishers Weekly e do USA Today. A ação passa-se num futuro pós-apocalíptico numa nova nação, Panem, que se ergueu a partir das cinzas do que fora a América do Norte. A versão cinematográfica, com realização de Gary Ross, conta com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth e Lenny Kravitz nos principais papéis.

Sobre a história

“Apesar dos planos do Capitólio, Katniss Everdeen sobreviveu e está agora junto de Gale, da mãe e da irmã no Distrito 13. Recuperando pouco a pouco dos ferimentos que sofreu na arena, Katniss procura adaptar-se à nova realidade: Peeta foi capturado pelo Capitólio, o Distrito 12 já não existe e a revolução está prestes a começar. Agora estão todos a contar com Katniss para continuar a desempenhar o seu papel, assumir a responsabilidade por inúmeras vidas e mudar para sempre o destino de Panem, independentemente de tudo aquilo que terá de sacrificar.”
 (texto constante da contracapa da edição portuguesa - adaptado)

Apreciação crítica

            Quando iniciei a leitura do terceiro e último volume desta extraordinária trilogia, por ter estabelecido as minhas expectativas muito altas, achei-me algo desiludida aquando da leitura dos primeiros capítulos.
Depois da leitura supersónica que fizera do primeiro e segundo volumes, esperava partir com o mesmo entusiasmo no terceiro livro. Para além disso, ansiava respostas imediatas às questões que haviam sido deixadas em aberto no final do volume anterior. Por essa razão, quando a história não partiu exatamente do ponto em que eu esperava, tive uma real dificuldade em aprovar o novo rumo escolhido por Suzanne Collins para as suas personagens.
Tanto que, por volta do sexto capítulo, acabei por interromper a leitura e encostar o livro na estante. Só tempos depois voltei a pegar-lhe, desta vez decidida a terminar a leitura, “custasse o que custasse”. Nunca foi meu costume deixar as leituras a meio e decidi que a história tinha provado mais do que suficiente nos dois primeiros volumes para valer outra tentativa. Retomei a leitura e levei pouco tempo para voltar a envolver-me na história de tal forma que a terminei no dia seguinte.
Em A Revolta, Suzanne Collins brinda-nos com uma exímia capacidade de descrição – cenários, momentos e pessoas são de tal forma retratados que o leitor não tem como não penetrar ele próprio na narrativa.
O terceiro volume é, dos três, aquele que conta com mais ação, sendo que grande parte da história se passa em situação de guerra. Neste contexto, as personagens revelam emoções muito mais intensas e espontâneas, agindo segundo a sua faceta mais instintiva em momentos cruciais da ação.
Feita de reviravoltas arrebatadoras que mudam o curso dos acontecimentos, a história é conduzida ao seu derradeiro desenlace. Collins arriscou um final que dividirá definitivamente opiniões, sabendo que seria impossível agradar a todos. Mas os finais previsíveis só interessam às histórias aborrecidas, e dessas ninguém conserva memória...
  Ana Almeida - 10 CSE

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