Em véspera do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, prestamos homenagem a esse objeto de prazer. Desta vez, pela pena da aluna Ana Sofia Almeida que acedeu a partilhar uma crítica a um livro, aqui no blog da BE.
Sobre
a autora
Sobre
a história
“Apesar dos planos do Capitólio, Katniss
Everdeen sobreviveu e está agora junto de Gale, da mãe e da irmã no Distrito
13. Recuperando pouco a pouco dos ferimentos que sofreu na arena, Katniss
procura adaptar-se à nova realidade: Peeta foi capturado pelo Capitólio, o
Distrito 12 já não existe e a revolução está prestes a começar. Agora estão
todos a contar com Katniss para continuar a desempenhar o seu papel, assumir a
responsabilidade por inúmeras vidas e mudar para sempre o destino de Panem,
independentemente de tudo aquilo que terá de sacrificar.”
(texto constante da contracapa da
edição portuguesa - adaptado)
Apreciação
crítica
Quando iniciei a leitura do terceiro
e último volume desta extraordinária trilogia, por ter estabelecido as minhas
expectativas muito altas, achei-me algo desiludida aquando da leitura dos
primeiros capítulos.
Depois da leitura supersónica que fizera
do primeiro e segundo volumes, esperava partir com o mesmo entusiasmo no terceiro
livro. Para além disso, ansiava respostas imediatas às questões que haviam sido
deixadas em aberto no final do volume anterior. Por essa razão, quando a
história não partiu exatamente do ponto em que eu esperava, tive uma real dificuldade
em aprovar o novo rumo escolhido por Suzanne Collins para as suas personagens.
Tanto que, por volta do sexto capítulo,
acabei por interromper a leitura e encostar o livro na estante. Só tempos
depois voltei a pegar-lhe, desta vez decidida a terminar a leitura, “custasse o
que custasse”. Nunca foi meu costume deixar as leituras a meio e decidi que a
história tinha provado mais do que suficiente nos dois primeiros volumes para valer
outra tentativa. Retomei a leitura e levei pouco tempo para voltar a
envolver-me na história de tal forma que a terminei no dia seguinte.
Em A
Revolta, Suzanne Collins brinda-nos com uma exímia capacidade de descrição
– cenários, momentos e pessoas são de tal forma retratados que o leitor não tem
como não penetrar ele próprio na narrativa.
O terceiro volume é, dos três, aquele que
conta com mais ação, sendo que grande parte da história se passa em situação de
guerra. Neste contexto, as personagens revelam emoções muito mais intensas e
espontâneas, agindo segundo a sua faceta mais instintiva em momentos cruciais
da ação.
Feita de reviravoltas arrebatadoras que
mudam o curso dos acontecimentos, a história é conduzida ao seu derradeiro desenlace.
Collins arriscou um final que dividirá definitivamente opiniões, sabendo que seria
impossível agradar a todos. Mas os finais previsíveis só interessam às
histórias aborrecidas, e dessas ninguém conserva memória...
Ana Almeida - 10 CSE
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