A arte de pensar comanda a vida. Se
prestarmos atenção a tudo o que nos rodeia, iremos encontrar algo que nos dê a
motivação necessária, para questionar aquilo que sempre nos foi apresentado
como irrevogável.A vida existe para ser vivida, e a capacidade
intelectual que cada um possui deve ser utilizada como contribuição para a
emancipação coletiva. Obviamente que nem todos serão reconhecidos como grandes
pensadores, grandes matemáticos, ou grandes literários, mas temos o dever de
contribuir para o desenvolvimento comum. Só assim as sociedades transgridem
para um patamar de idealização superior.
Cada indivíduo possui as suas
características, as suas preferências, as suas aptidões e também as suas
próprias interpretações.
As interpretações a que me refiro são dos
mais variados níveis. Por exemplo, se dois indivíduos discordarem na forma como
encaram um determinado problema, não sendo especialistas na matéria de que se
reveste o mesmo problema, essa discordância irá levar àquilo que conhecemos
como dúvida, e da dúvida surge uma outra necessidade, a resposta.
Todo aquele que questiona procura uma
resposta, preferencialmente uma resposta correta e ajustada ao seu nível de
compreensão. Questionar e obter respostas é uma das dádivas que o ser humano
possui porque desta forma atualiza o seu estado cognitivo.
Um indivíduo que raciocina, que questiona e
que não se satisfaz apenas com aquilo que o senso comum defende, mas que labuta
para nutrir as suas próprias teorias, está apto para criar algo diferente, dado
que todo o trajeto intelectual percorrido para chegar à conclusão lhe foi dando
inspiração que adicionou aos conhecimentos que adquiriu. O senso comum reveste-se
de paradoxo o qual deve ser resolvido pela intriga entre a questão e a sede da
resposta.
A equidade pretendida ao longo da história é
de assaz importância para o bem-estar comum, as veleidades de alguns contrastam
com a miséria de outros, o que torna o mundo um espaço antagónico e onde é
praticamente impossível coexistir com tais discrepâncias.
Esta dicotomia deve ser travada através da
arte de pensar. É urgente uma resolução que só pode ser obtida através da
consubstanciação dos valores morais. A arte de pensar uniformemente deve tomar
posse das almas mundanas e o paradoxo existente no seio do senso comum deve ser
aniquilado dando lugar à dialética. A esperança de que o caminho daqui em
diante trilhado seja propício a cada um tem de prevalecer, e a arte de
pensar com clareza tem de dominar as almas.
Débora Gonçalves, 11º CLH2
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