No dia 23, pelas 14h40 minutos, a Prof. Celeste Natário e o Prof. Renato Epifânio procederão ao lançamento do n.º 14 da revista Nova Águia. A ESA (pequeno auditório) é o local escolhido para o evento, cumprindo um dos seus objetivos, o da promoção de eventos culturais abertos à comunidade. Estão convidados.
NOVA ÁGUIA nº 14 (2º Semestre de 2014)
NOS 80 ANOS DA MENSAGEM | NOS 8 SÉCULOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
II CONGRESSO DA CIDADANIA LUSÓFONA: QUE PRIORIDADES NA COOPERAÇÃO LUSÓFONA?
Precisamente oitenta anos após
a sua publicação, a Mensagem de Fernando Pessoa continua a ser um texto
interpelante para quem insiste em preocupar-se com a destinação histórica de
Portugal. Eis o que neste número da NOVA ÁGUIA se comprova. Sob as mais plurais
perspectivas – desde as mais esotéricas e espiritualistas até às mais
culturalistas e geopolíticas –, aMensagem foi, sobretudo, um excelso pretexto
para repensarmos o futuro de Portugal, mais amplamente, de toda a Comunidade
Lusófona, mesmo sabendo que nunca chegará “a hora”. Ainda bem – diremos. Sinal
de que, ainda e sempre, haverá futuro a construir.
Porque não há futuro sem
passado, articulámos essa plural reflexão em torno da Mensagem com a celebração
da própria língua portuguesa – na data, esta menos precisa, dos seus oito
séculos. Também aqui, o testamento de D. Afonso II, datado de 27 de Junho de
1214, tido como o primeiro documento redigido em língua portuguesa, foi
sobretudo um pretexto para reforçarmos essa consciência histórica – não só
dessa nossa língua comum a todos os lusófonos, como, mais ampla e
profundamente, do que lhe subjaz: uma singular forma, por mais que plural e
polifónica, de ver e viver o mundo.
Por isso, coligimos também
neste número da NOVA ÁGUIA as intervenções dos representantes das várias
associações lusófonas da sociedade civil que participaram no II Congresso da
Cidadania Lusófona, coordenado pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono e
pela Sphaera Mundi: Museu do Mundo, no âmbito da Plataforma de Associações da Sociedade
Civil (PASC), decorrido na Sociedade de Geografia de Lisboa, a 16 de Abril
deste ano – onde, justamente, se procurou defender e difundir essa consciência
histórica e, partir daí, prefigurar as “prioridades na cooperação lusófona”.
Nesta secção, destacamos o Discurso de aceitação do Prémio MIL Personalidade
Lusófona 2013, entregue, na mesma sessão, a Ângelo Cristóvão, mais um sinal de
que, para nós, a Comunidade Lusófona abarca e abraça a Galiza.
Como sempre, também neste
número da NOVA ÁGUIA houve espaço para outras “Evo(o)cações”: de Frei Manuel do
Cenáculo, nos duzentos anos da sua morte, até personalidades da nossa cultura
que nos deixaram mais recentemente, como Maria Helena Varela (2004) e, já neste
ano, Vasco Graça Moura, passando por outras figuras lusófonas, como a do poeta
moçambicano Rui de Noronha, aqui evocado por António Braz Teixeira. Em “Outros
Voos”, destacamos, entre outros, os textos de Adriano Moreira e Manuel Ferreira
Patrício, a par das contribuições vindas de Cabo-Verde e do Brasil – de Elter
Manuel Carlos e de José Maurício de Carvalho.
Por fim, para além da
“Rubricas” habituais – de Pinharanda Gomes, Eduardo Aroso, Jorge Telles de
Menezes, Manuel Gandra e João Bigotte Chorão –, destacamos as já clássicas
secções “Bibliáguio” e “Poemáguio”, e, de modo particular, em “Extravoo”, a
Partitura Musical de um Poema da Mensagem (“Mar Portuguez”) que nos foi
oferecida por Manuel Ferreira Patrício, tudo isto sem esquecer a referência à
Colecção NOVA ÁGUIA, onde, até ao final do presente ano, se publicarão mais
alguns títulos. Na calha está já igualmente o décimo quinto número da revista,
que terá como tema maior “Os 100 anos do Orpheu” e onde, entre muitos outros
textos, publicaremos as comunicações proferidas na I Conferência Cabo-Verdiana
“Filosofia, Literatura e Educação”, promovida pelo MIL na Universidade de Cabo
Verde, a 18 e 19 de Outubro de 2013, em parceria com esta Universidade e com o
Instituto Camões.
Celeste Natário: Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Enquanto investigadora, tem-se dedicado, em particular, à filosofia e cultura portuguesas, tendo publicado: O Pensamento Dialéctico de Leonardo Coimbra: reflexão sobre o seu valor antropológico (1997); O Pensamento Filosófico de Raul Proença (2005); Entre Filosofia e Cultura: percursos pelo pensamento filosófico-poético português nos séculos XIX e XX (2008); Itinerários do Pensamento Filosófico Português: da Origem da Nacionalidade do Século XVIII (2010); Pascoaes: Saudade, Física e Metafísica (2010). Tem organizado múltiplos encontros científicos. Coordena o projecto de investigação “Raízes e Horizontes da Filosofia e da Cultura em Portugal” (Instituto de Filosofia da Universidade do Porto).
Renato Epifânio: Membro do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, da Direcção do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira, da Sociedade da Língua Portuguesa e da Associação Agostinho da Silva; investigador na área da “Filosofia em Portugal”, com dezenas de estudos publicados; autor das obras Visões de Agostinho da Silva (2006), Repertório da Bibliografia Filosófica Portuguesa (2007), Perspectivas sobre Agostinho da Silva (2008), Via aberta: de Marinho a Pessoa, da Finisterra ao Oriente (2009), A Via Lusófona: um novo horizonte para Portugal (2010) e Convergência Lusófona (2012/ 2014). Integra a Direcção da NOVA ÁGUIA: Revista de Cultura para o Século XXI e é o Director da Colecção de livros com o mesmo nome (Zéfiro). É o Presidente do MIL: Movimento Internacional Lusófono.
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