Quatro documentos sobre o escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616), autor de Dom Quixote de la Mancha, foram encontrados em Sevilha, um deles assinados pelo romancista. Segundo o jornal espanhol El País, entre os documentos está um manuscrito descoberto na cidade de La Puebla de Cazalla e datado de 5 de março de 1593 que descrevia o trabalho de Cervantes como coletor de impostos do rei Felipe II.
De acordo com o pesquisador que encontrou o documento, José Cabello Núñez, o manuscrito comprova a passagem do escritor por La Puebla , algo que era uma incógnita até então. Os papéis também ligam Cervantes ao provedor da Companhia das Índias Orientais, Cristóbal de Barros.
Outro documento, assinado por Barros, solicitava o pagamento de um salário para o romancista, empregado por 48 dias como comissário da Fazenda Real. De acordo com Núñez, o terceiro papel confirma que Cervantes havia prestado seus serviços entre 21 de fevereiro e 28 de abril de 1593. Já o último documento, assinado pelo escritor, é uma procuração que autoriza Magdalena Enríquez a receber o seu salário.
A mulher, identificada como uma pasteleira de Sevilha, nunca havia sido ligada à história de Cervantes. O escritor é geralmente relacionado a três mulheres: “Ana Franca de Rojas, com quem teve uma filha, Catalina de Salazar y Palacios, com quem se casou em 1584, e Jerónima Alarcón, de quem o romancista aparece como fiador e pagador de algumas casas em 1589”, afirma Núñez.
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