"o portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro."
Nota: Quatro estrelas brilham neste vídeo:
(1) "O portugal futuro" (grafado com minúscula no original), poema de Ruy Belo publicado em «Homem de Palavra(s)» (1970).
(2) A sua declamação por Mário Viegas, em «Poemas de Bibe» (1990), album em parceria com Manuela de Freitas.
(3) Algumas fotografias (cinco) de um dos maiores fotógrafos de sempre, Henri Cartier-Bresson.
(4) E o "Polish Poem", escrito por David Lynch e Chrysta Bell e cantado pela última. O vídeo reproduz os últimos versos da canção, com que termina o filme «Inland Empire».
Nota: Quatro estrelas brilham neste vídeo:
(1) "O portugal futuro" (grafado com minúscula no original), poema de Ruy Belo publicado em «Homem de Palavra(s)» (1970).
(2) A sua declamação por Mário Viegas, em «Poemas de Bibe» (1990), album em parceria com Manuela de Freitas.
(3) Algumas fotografias (cinco) de um dos maiores fotógrafos de sempre, Henri Cartier-Bresson.
(4) E o "Polish Poem", escrito por David Lynch e Chrysta Bell e cantado pela última. O vídeo reproduz os últimos versos da canção, com que termina o filme «Inland Empire».
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