sábado, 31 de janeiro de 2015

Entrega de Prémios da atividade "Biblioteca Escolar- um mapa de ideias"




“ No meio do oceano atlântico um pirata cego mordeu um sapato solitário com infinita paciência. “

A infinita paciência

Era uma vez um pirata chamado Caraíbas, ele era arrogante, mau e não tinha amigos.
O pirata Caraíbas era cego só de um olho, porque há muitos anos atrás tinha sofrido um acidente grave com os seus colegas da tripulação.
Foi numa enorme tempestade em que até o barco se tinha virado. Os seus colegas não resistiram e morreram afogados, só ele é que conseguiu sobreviver, porque se agarrou a uma tábua que fazia parte do barco, logo teve muita sorte.
O pirata Caraíbas, na manhã seguinte, foi parar a uma ilha deserta, rodeada de mar, com três palmeiras e tinha um cadáver.
Logo depois de ter observado o cadáver, com um dos seus olhos, apercebeu-se que no lado de lá da ilha estava um barco quase podre, de lá estar há muitos anos, provavelmente.
Melhorou o barco com alguns ramos das palmeiras e prosseguiu a sua viagem.
Já tinha passado quatro meses e o pirata Caraíbas já não aguentava mais, porque estava cheio de fome. O barco estava a destruir-se de podre e afundou-se.
O pirata Caraíbas foi parar à água e, já quase inconsciente e cheio de fome, encontrou algo castanho a boiar naquelas longas e profundas águas.
Ele fez de tudo para apanhar aquele objeto para ver se era comida, apesar de já não conseguir ver bem (via tudo desfocado).
Quando o apanhou, meteu à boca e mordeu com a infinita paciência, sem se aperceber que era um sapato todo roto e estragado.
O pirata não se estava a sentir satisfeito com o sapato e estava cada vez mais fraco e perto da morte, até que não aguentou mais a pressão e, passados dez segundos, faleceu afogado com o sapato na mão, no meio do oceano.
 O pirata Caraíbas tinha consciência que não se ia conseguir salvar, porque estava perdido naquelas águas azuis longas e sem fim.
E assim acabou uma história, na qual não havia possibilidade de sobreviver.
                                    Maria Inês Esteves Ferreira, nº22 – 7ºA

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