terça-feira, 19 de novembro de 2013

GATILHO

Foi despoletado o n.º 2 do Gatilho.  A BE não ficou indiferente ao lançamento deste boletim e publica a entrevista  prometida no post do dia 22 de outubro.
As duas primeiras questões são respondidas pelo mentor do projeto, Gilberto Pinto (G.P.), as restantes pelo Diogo Cardoso (D.C.). Ambos são ex-alunos da ESA! Curioso... 


Como surgiu o projeto?

G.P.: O projeto nasce da nossa vontade de fazer alguma coisa pela nossa cidade, com o objectivo de promover os artistas da terra. Visto que temos um grande número de jovens talentos, mas com dificuldade em dar a conhecer à população os seus projectos, e nós estamos cá para isso. Queremos que as pessoas, que através de exposições, concertos, workshops, etc, que vamos organizar, tenham a oportunidade de vir, apreciar e debater, todos os trabalhos apresentados pelos nossos artistas.

O nome «Gatilho» parece evocar os clássicos westerns do cinema americano. Há alguma similitude? Quem batizou o projeto?

G.P: Não, não tem nada a ver com os clássicos que refere. Inicialmente o nome do projecto era Rastilho de Amarante, mas como já existe um projecto com o mesmo nome nós obrigamo-nos a mudar. Então foi colocado no facebook um pedido, a todos que quiseram participar, para sugerirem um nome, queríamos que fosse idêntico ao inicial, no sentido que nós demos ao projecto, ou seja, de “propulsionar” a cultura artística na cidade de Amarante, então eis que surge o nome Gatilho O projecto foi baptizado por mim,  antigo aluno da ESA. Frequentei também o curso de Arte e Design, e agora trabalho como designer gráfico na área da publicidade.

O futuro é imprevisível, todavia não é isento de expectativas. Enquanto jovem artista, o que esperas de ti? E dos outros?

D.C.: Aquilo que espero de mim, é não perder a vontade de trabalhar na área das artes. Por vezes, surgem imprevisibilidades bastante diferentes do que estamos habituados a lidar, e isso pode provocar um efeito negativo e desmotivador. Mas também pode provocar o contrário. O que interessa, é olhar para tudo como uma forma de conhecimento. O conhecimento das coisas boas e das coisas. A experiência depois dará os frutos.
Aquilo que eu espero dos outros, sinceramente, é que tenham um conjunto de ética e valores, e que os pratiquem com honra e dignidade.
 
Na qualidade de  ex-aluno do curso de Artes Visuais, qual o impacto e  a importância do trajeto trilhado pela escola secundária/3 de Amarante?

D.C.: Na verdade, o impacto foi tremendo. Tive a oportunidade de conhecer professores que são artistas plásticos e que me transmitiram conhecimentos que me colocaram num patamar diferente ao de outras escolas. Até mesmo de escolas como Soares dos Reis, António Arroio e a Arco. Ao afirmar isto não estou a dizer que era melhor. Simplesmente tinha noções plásticas diferentes, porque tinha professores no secundário diferentes.


Descreve, sucintamente, o teu percurso académico pós ensino secundário.

D:C.: Pós ensino secundário, fui estudar cinema para a escola superior artística do Porto, não tendo terminado. Depois mudei para artes plásticas nas Caldas da Rainha onde concluí a licenciatura.

Que sugestões/conselhos poderias veicular aos jovens alunos do Curso de Artes Visuais da ESA?

D.C.: Normalmente não gosto de dar conselhos porque não me acho bom a fazer isso. Mas sinceramente, acho que a melhor coisa que os alunos da ESA podem fazer é, antes de mais, pensar o porquê de frequentar o curso de artes. Depois devem pensar o que gostavam de seguir. E depois deviam começar já a provocar a criatividade. Quem quiser ser artista aos 17 ou 18 anos de idade vai a tempo claro, mas se começar já criar penso que podem fazer a diferença entre o ser bom e o ser espectacular no futuro. Metam-se nos cafés, na rua, na escola, nos parques, no museu e mostrem o vosso trabalho!  

Obrigada.

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